Mercado interno ganha fôlego, mas comércio exterior exige atenção

Termômetro IEMI (maio e junho): panorama do Vestuário do 1º Semestre de 2025

Mercado interno ganha fôlego, mas comércio exterior exige atenção

A ABIV disponibiliza aos seus associados e ao setor um resumo exclusivo do estudo Termômetro IEMI (maio e junho) que traça um panorama do Vestuário do 1º Semestre de 2025. O material reúne dados atualizados sobre consumo, produção, preços e inserção internacional da indústria do vestuário, contribuindo para decisões estratégicas e uma leitura mais clara do cenário futuro.
O setor encerrou o primeiro semestre de 2025 com sinais mistos: o mercado interno mostra reação positiva, com alta no varejo, consumo e produção; já o comércio exterior acende um alerta, com avanço das importações, baixo desempenho das exportações e pressão sobre os preços.

Mercado interno: vendas e preços em alta

(desempenho do Varejo > maio / Inflação > junho)

No mercado interno, os dados são promissores. Em maio, as vendas do varejo de vestuário foram estimadas em 573,1 milhões de peças, o que representa uma alta de 21,1% em relação abril. Na comparação com o mesmo período do ano passado, de janeiro a maio, o indicador registrou alta de 5,4% e, no acumulado de 12 meses, a variação positiva foi de 5,0%.
Em valores nominais, o setor movimentou R$ 28,2 bilhões em maio — um avanço de 21,7% frente a abril, 8,3% sobre o mesmo período do ano anterior e, em 12 meses, alta de 7,2%.

 

 

Já com relação ao preço médio das peças, esse chegou a R$ 50,99 em junho, um crescimento de 0,75% em relação a maio – superando a inflação geral (+0,24) no mês. Já no acumulado de 2025, a inflação dos vestuários registrou +2,66% e, no recorte de 12 meses, a alta chega a 4,68%. Entre os itens com maior alta em junho, destaca-se o Agasalho Feminino (+1,50%), enquanto o Vestido Infantil apresenta maior queda (-0,70%).

Produção cresce, mas receita recua

[Desempenho da produção > maio]
Em maio, a produção de vestuário no Brasil apontou leve avanço em volume, totalizando 434,2 milhões de peças fabricadas – uma alta de 0,6% sobre abril. De janeiro a maio, o avanço é de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024. Já no recorte de 12 meses, a alta é de 4,3%.
Apesar do aumento no volume, a receita encolheu: foram R$ 14,1 bilhões em maio, o que significa queda de 0,8% frente a abril. Mesmo com índices negativos, análises do acumulado do ano, de janeiro a maio, e recorte dos últimos 12 meses assinalam avanços de 7,0% e 8,3%, respectivamente.
Sobre o preço médio por peça fabricada, em maio fechou em R$ 32,41, uma variação de (-1,40%) em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, a queda é de 0,74%. Já em comparação aos últimos 12 meses, obtém-se uma leve alta de 0,47%.
Já o consumo interno (aparente) foi de 533 milhões de peças no mês de maio, alta de 3,5% ante abril. No acumulado de janeiro a maio, o crescimento foi de 3,1% em comparação ao mesmo período de 2024. E nos últimos doze meses, alta de 4,9%
As importações representaram 19,1% do consumo interno no mês. Em contrapartida, apenas 0,7% da produção foi destinada à exportação — revelando baixa inserção internacional.

Exportação: exportações tímidas e déficit elevado

[Desempenho do Comércio Externo > junho]
Em junho, o país aumentou suas importações – que totalizaram US$ 158,0 milhões, alta de 2,3% em relação a maio. No acumulado de 12 meses, o crescimento chega a 17,3%.
As exportações, por outro lado, somaram US$ 15,6 milhões em junho, com queda de 12,3% em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, o crescimento é discreto: apenas 1,5%.
O déficit comercial ultrapassa US$ 2 bilhões no período, evidenciando enfraquecimento da competitividade internacional e crescente dependência do mercado interno por produtos têxteis importados.

 

*O Termômetro IEMI é desenvolvido com base em estimativas elaboradas a partir de dados exclusivos dos painéis de pesquisa do IEMI — que têm por fonte as empresas do setor (produtores e varejistas). Adicionalmente, conta com dados e indicadores conjunturais produzidos por diferentes fontes oficiais de informação, como IBGE, SECEX, CAGED, entre outros.

Créditos: Upper PR Comunicação para Negócios

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